segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Processo criativo 1




É sempre um desafio para qualquer grupo de teatro o processo criativo de um espetáculo.

Com o grupo Piollin não é diferente.

Quem acompanha de alguma forma o Piollin sabe que não somos um grupo conhecido pelas quantidades de espetáculos no currículo, mas sim pela forma como encaramos e vivemos cada experiência que nos leva ao processo de criação e ao desenvolvimento de uma identidade própria. Neste ponto, talvez, seja onde resida a questão sobre a qual gostaria de me debruçar.

Esta identidade foi construída por um coletivo. Por pessoas que de fato tinham e têm inquietações relativas ao teatro, questões que são comuns, mesmo que sentidas de forma muito particular por cada um.

Estamos a oito meses envolvidos num processo de criação extremamente doloroso no momento. O grupo e alguns atores e atrizes convidados, trabalham de 7:30h às 12:30h todos os dias de segunda a sexta.

No começo de tudo, em janeiro, éramos apenas nós do Piollin e o livro de contos do escritor cearense radicado em Pernambuco, Ronaldo Correia de Brito. Dois meses depois, desce a ladeira da Bica e entra no Engenho Paul o escritor Pernambucano Osman Lins.

Estamos debruçados com a sua escritura e a idéia de Luiz Carlos de construir, unir a narrativa “O Retábulo de Santa Joana Carolina”, com um grande tabuleiro desenhado no chão e nossa capacidade de criação pessoal e coletiva em torno disso.

Não tem sido fácil mergulhar nesse novo desafio. Muitas experiências foram vividas separadamente por cada um de nós, e os desejos, anseios e conceitos precisam ser equalizados para que o processo de criação se torne vivo e prazeroso.

Bom, esse é só um início de conversa...

Nanego Lira

2 comentários:

  1. Como é bom ver vocês!! Vi ontem no Barracão Clowns e quero ver as vezes que possível, quero seguir nessa experiência, nessas descobertas de vocês. Vida longa ao trabalho, a paixão de viver a cena. Bom demais ver vocês trabalhando, pesquisando, inquietos. Bom demais ver vocês!!! Parabéns!
    Titina

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  2. Ave Piollin!

    Estive ontem no Barracão dos Clowns, e depois na conversa, tão próxima e tão fértil. Venho apenas dizer de como foi bom, mais uma vez, ver vocês em cena, perfeitos, entregues, assombrosamente refazendo o caminho que vai da vida à morte, e que é o caminho próprio do teatro. Vida longa e saúde a todos, ao espetáculo e ao grupo. Parabéns!

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